E atualmente?! Simplesmente virou tudo de perna para o ar! Mulheres não só se tornaram guerreiras, mas disputam palmo a palmo cada espaço de trabalho, estudo e atividade, algumas inimagináveis por nossos pais e avós: pilotam jatos, vão à guerra, dirigem grandes multinacionais e... até se tornam presidentes de República!!!
Parabéns para elas, pois essa transformação tem apenas oito décadas. Alguém duvida que elas dominarão o mundo? Mas toda vitória tem o seu custo e desde os anos 80 cresce o número de mulheres que enfartam, tem AVC, câncer, entre outras doenças que aumentaram absurdamente entre o público feminino nessas últimas décadas. Esse é um dos custos de se tornar "caçadora", sair da toca, enfrentar os perigos desse mundão. São pressões de todos os lados. E aqui explica-se a razão de quadros depressivos e ansiosos serem mais comuns em mulheres do que em homens na proporção de 2/1.
E, para complicar, mulheres são hormonais, menstruam todo mês, engravidam, amamentam, têm menopausa, enfim, são altamente hormonais, portanto, mais nervosas, sensíveis, instáveis.
E, não bastassem todos esses aspectos, é bom lembrar ao antigamente - e injustamente - chamado de "sexo frágil" que a cada dia aumentam suas obrigações e deveres: profissionais, sustentar a casa, competir pelo mercado de trabalho, contra os preconceitos e assédio, e depois de tudo isso, voltar para casa e... cuidar de filhos, fazer o exercício com eles, arrumar comida, limpar a casa, organizar as roupas, terminar no computador o resto de trabalho que o chefe determinou, dar uma força para a mãe e irmãs que ligaram com problemas e... ufa... já ia esquecendo,satisfazer o marido que está emburrado esperando lá no quarto! Que vidão, hein?!
Eis o problema: qual tem sido o custo para a mulher moderna de tanta sobrecarga? Pois há apenas 40 anos, os movimentos feministas exigiam igualdade de direitos entre homens e mulheres e que essas tivessem as mesmas chances e mesmas tarefas masculinas.
Conseguiram. E o que se vê hoje é que havia um alto custo em que o mundo feminino, submetido ao estresse de ter que ser ao mesmo tempo ao complexo trabalho da maternidade, do cuidado com a retaguarda - a casa - continuando a sina de ser hormonal e estar sujeita às oscilações físicas e psíquicas dessa condição. E não deu outra: cada dia mais o mau-humor, a depressão, os pânicos, fobias e estresse têm dizimado a qualidade de vida da mulher. E essas, ainda que vitoriosas na conquista de espaços profissionais, como empreendedoras, bem-sucedidas financeiramente, se tornaram queixosas, exaustas, infelizes, com qualidade de vida muito baixa e muita, muita sobrecarga! Dificuldades com os filhos, no casamento, no convívio social. O certo é que ainda não se percebe um equilíbrio, um meio termo onde o mundo feminino possa viver sem as culpas, as cobranças, as angústias, o adoecimento das mulheres depois de tantas batalhas, tantas vitórias!
Quantos aos homens?! Cada vez mais folgados, exigentes, imaturos..( há excessões! ). E nunca é demais lembrar que é do gênero masculino, a tendência à acomodação, a boa vida, um certo parasitismo que salta aos olhos no caso dos leões, que safadamente descasam enquanto as leoas caçam, educam e protegem os filhotes, buscam habitats ideais. Cabe aos machos o papel de "reis da selva", figuras que impõe respeito, garantem segurança, rugem, exibem suas jubas, e vivem cheios de mordomias...
Texto de Eduardo Aquino publicado no Jornal SUPER
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